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balbúrdia

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BADERNA - instalação
Artista - Moisés Bruno
A obra instalativa faz uma referência a fonte de origem etimológica da palavra baderna, um substantivo feminino de origem brasileira, que nos dicionários pode-se encontrar variações do seu significado como: grupo de vadios; desordem; bagunça;  confusão. O termo se deu na segunda metade do século XlX no Rio de Janeiro para distinguir os seguidores eufóricos e efusivos da bailarina Marietta Baderna, os ditos baderneiros. Natural da Itália, a família Baderna desembarcou em exílio no Brasil em 1849. Com um histórico de ações revolucionárias, a bailarina incomodou a toda sociedade do conservador império escravocrata, que agora era sua casa, quando se apaixonou pelas danças de resistência dos escravos coreografadas nos corpos das mulheres negras. A sensualidade e a força dos ritmos e danças africanas rapidamente foram assimilados por Baderna, que passou a não só frequentar as reuniões populares como principalmente a incorporar à delicadeza e convenções rígidas do balé os passos do lundu, da cachuca e da umbigada - e assim, aos poucos foi mudando a sua forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo. E no "templo" antes só freqüentado pela imaculada alta sociedade, Marietta com suas coreografias embebedadas pelas danças das ruas trouxe aos teatros a classe operária, os trabalhadores, os mais pobres, que celebravam sua presença, sua sensualidade e seu gestual em cena feito torcedores de futebol.
Formato: Instalação
Dimensões: 2,60m x 1,30m x 0,60m
Material: Refugo de cabos e fios elétricos, de mangueiras e manequins; tinta spray 

BADERNA

Circuito de Exposições Balbúrdia
local: Universidade Federal Fluminense  - UFF/CURO
Abertura 24/06 até 28/06/2019


Artistas: Alessandro Paiva, Francine Mercês, Alene Guarisa, Maria Capitolina (Capitu) e Moisés Bruno


                                                                          Sentido Literal
 
Transgressão. 
Esta amostra é dedicada aqueles que não se sujeitam ao comum, aos que questionam sem medo e tem sede de conhecimento, onde a balbúrdia é atração principal, a algazarra movimento e a baderna aliada - sujeito inconformado que anseia na arte a possibilidade de expressão.

Confronto subjetivo, anarquia poética: incompletude singular do termo, que se faz em convite aos artistas desta exposição.  Alteridade que se manifesta na desafiadora função de ressignificar o adjetivo pejorativo à verdade escondida em nós.  

Para esta oportunidade, o que se propõe é o encontro da história estampada no furor das universidades, para com o axioma da expressão que à rotularam.

Ficha Técnica:

Conceito: trabalhar o significado literal da palavra "balbúrdia"
Espaço Expositivo: Galeria Precária
Tipografia do espaço:
Altura: 2,60m
Largura: 5,80m
Comprimento: 7,19m
Curadoria: Compartilhada.
Comunicação Gráfica: Alessandro Paiva.
Formatos: Artes Plásticas, fotografia e instalação.

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